Inseminação artificial conjugal (IAC)

É uma das técnicas de reprodução assistida mais simples. Consiste na inserção de espermatozóides na cavidade uterina através de um fino catéter no momento da ovulação.

É indicada em casos de esterilidade de origem desconhecida, alterações leves do seminograma e distúrbios ovulatórios. Recomendada apenas em casais nos quais a mulher é jovem e não há uma esterilidade de longa evolução, e também como primeira opção de tratamento para mulheres solteiras.

O processo de inseminação é feito em ambulatório, indolor é rápido (apenas uns minutos), apesar de previamente, nos dias anteriores (primeira fase do ciclo), a mulher deva fazer controlos de ovulação na clínica, tanto se for um ciclo com estimulação ovárica, como se for natural.

A eficácia desta técnica é baseada na melhoria das condições para a gestação através de estimulação ovárica controlada, indução da ovulação no momento certo, processamento e melhoria do sémen no laboratório de andrologia e, finalmente, aproximação destes espermatozóides do/dos ovócito/s através da sua inserção no útero.
A principal desvantagem desta técnica é a sua baixa probabilidade de gravidez (15-20% por ciclo) e o risco de gravidez múltipla (25% da gravidez, quando os ovários produzem mais de um ovócito nas pacientes às quais é realizada a estimulação ovárica).

Consiste no depósito de espermatozóides na cavidade uterina no momento da ovulação.

 

Inseminação Artificial com sémen de dador (IAD)

É uma técnica simples que, como a IAC, consiste na inserção de espermatozóides (provenientes de um dador anónimo, neste caso) na cavidade uterina através de um fino catéter, no momento da ovulação.

É indicada em casais estéreis com causa masculina grave que impede a obtenção de espermatozóides aptos para a fecundação, em alguns casos de risco de transmissão de doença genética para a descendência por parte do homem nos quais não seja possível fazer um diagnóstico genético nos embriões, e também nas mulheres solteiras.

O processo de inseminação é semelhante ao do ponto anterior. Este sémen é proveniente de bancos de sémen acreditados que garantem uma seleção de dadores rigorosa e um estudo exaustivo destes, descartando a transmissão de doenças infeciosas (hepatite, sífilis, SIDA) ou genéticas, dentro do conhecimento da ciência atual.

As amostras de sémen selecionadas serão ajustadas às caraterísticas físicas e ao grupo sanguíneo do homem ou da mulher no caso de não ter companhia, e procurando em qualquer caso a ausência de incompatibilidades de grupo sanguíneo e genéticas, sempre que seja possível.

Com muita frequência é realizado no ciclo natural para evitar a gravidez múltipla. A principal desvantagem é a baixa taxa de gravidez, que oscila entre 20 e 25%.

Consiste na inserção de espermatozóides (provenientes de um dador anónimo neste caso) na cavidade uterina no momento da ovulação.

 

Fecundação “in vitro”

FECUNDAÇÃO “IN VITRO” E TRANSFERÊNCIA EMBRIONÁRIA (FIV-TE)

É uma técnica de reprodução assistida indicada em casos de fator tubárico-peritoneal (obstrução ou aderência das trompas de Falópio), endometriose de grau moderado ou severo, fator masculino moderado ou severo, idade materna avançada e depois do fracasso de inseminações.

O objetivo é aumentar ao máximo as possibilidades de gestação através da realização de uma estimulação ovárica controlada utilizando hormonas folículo-estimulantes, para que no ovário se desenvolvam vários ovócitos (óvulos). Este processo dura aproximadamente 10 dias, durante os quais é levado a cabo um seguimento do crescimento folicular através de ecografias e análises hormonais.

No momento certo de maturação, os ovócitos são recuperados do ovário, através de punção e aspiração, via transvaginal. Este processo, apesar de ter uma breve duração, é realizado no bloco operatório e sob sedativo anestésico. A recuperação da paciente é rápida e tem alta passadas umas horas.

Os ovócitos recuperados são levados para o Laboratório de Embriologia, onde são lavados e inseridos num meio de cultivo e em condições ambientais adequadas, à espera de serem fecundados.

A taxa de gravidez de um ciclo de FIV/ICSI supera os 50%, mas depende muito da idade da mulher e das circunstâncias de cada casal. A taxa de gravidez acumulada chega aos 70%.

O processo de fecundação consiste na união dos dois gâmetas, o feminino ou ovócito, e do masculino, ou espermatozóide. Pode ser feito de duas formas:

1.- FIV CONVENCIONAL: no meio de cultivo onde se encontram os ovócitos é inserida uma quantidade controlada de espermatozóides, previamente tratados e capacitados.
Passadas 17 horas, é avaliada a fecundação, e os embriões resultantes são mantidos em cultivo, controlando e avaliando diariamente o seu desenvolvimento, até ao momento da transferência.

2.- ICSI, OU MICRO-INJEÇÃO ESPERMÁTICA: depois de “despir” ou libertar cada ovócito das camadas de células que o rodeiam, ao microscópio, é inserido um espermatozóide selecionado segundo a sua mobilidade e morfologia no seu interior, sem causar nenhuma lesão durante o processo. É obrigatório nos casos de esterilidade de causa masculina moderada ou severa, nos quais a qualidade dos espermatozóides é muito reduzida, e é opcional e bastante comum nas restantes indicações de FIV.

Nos dias seguintes serão avaliados quantos ovócitos foram fecundados, bem como a evolução dos embriões resultantes através de técnicas de pontuação de qualidade embrionária.

Dependendo das circunstâncias de cada caso, a transferência embrionária pode ser realizada aos 2, aos 3 ou aos 5 dias da punção folicular.

A transferência embrionária consiste em colocar um ou mais embriões na cavidade uterina, esperando que aconteça a implantação e a gravidez. É uma técnica geralmente simples que não requer anestesia, mas é muito importante que seja realizada com especial cuidado uma vez que disso depende em grande medida que o embrião chegue nas melhores condições ao útero. É uma técnica geralmente simples que não requer anestesia, mas é muito importante que seja realizada com especial cuidado uma vez que disso depende em grande medida que o embrião chegue nas melhores condições ao útero.

A transferência embrionária consiste em colocar um ou mais embriões na cavidade uterina esperando que aconteça a implantação e a gravidez

É realizada com um catéter desenhado especialmente para a técnica, e não é agressivo para o útero, com controlo ecográfico para assegurar a colocação correta do embrião ou embriões no útero. É realizado em condições de assepsia e depois de um curto período de repouso, a paciente recebe alta.

Cada vez mais é normal a transferência de um único embrião para evitar as gestações múltiplas, pelo que é crucial ter uma equipa com grande experiência para realizar a melhor seleção possível desse embrião, e transferi-lo nas melhores condições possíveis. Em alguns casos, é assumida a transferência de dois embriões, assumindo-se um risco de gestação múltipla. Na clínica nunca recomendamos a transferência de 3 embriões, uma vez que aumenta bastante o risco de gestação múltipla e não a taxa de gravidez.

Se tiverem sido gerados mais embriões do que os necessários para a transferência, estes serão criopreservados, desde que satisfaçam os requisitos mínimos de qualidade.

A taxa de gravidez de um ciclo de FIV/ICSI supera os 50%, mas depende muito da idade da mulher e das circunstâncias de cada casal. A taxa de gravidez acumulada chega aos 70%.

A principal dificuldade da FIV/ICSI é a gestação múltipla; no caso de tal acontecer, constitui um risco elevado de complicações na gestação, especialmente se for prematura, o que leva a elevados índices de morbilidade e, inclusivamente, mortalidade perinatal.
A gravidez resultante de um ciclo de FIV/ICSI decorre como qualquer outra gravidez e não está isenta de algumas complicações, tais como o aborto ou a gestação ectópica.

CULTIVO SEQUENCIAL DE EMBRIÕES

Esta técnica permite, depois de uma fecundação “in vitro”, o cultivo de embriões até ao estádio de desenvolvimento “in vitro” mais avançado: o blastócisto.

A principal vantagem é uma melhor seleção embrionária, o que reduz o número de embriões a transferir e a probabilidade de gravidez múltipla, além de sincronizar a recetividade endometrial com o desenvolvimento embrionário.

Para a realizar com garantia, é muito importante ter uma equipa de embriologistas com experiência, e incubadoras de alta tecnologia como aquelas que temos na Clínica NIDA.

Criopreservação de embriões

Depois de um ciclo de fecundação “in vitro”, o número de embriões obtidos pode ser superior aos embriões transferidos, já que, no máximo, a Lei permite que estes sejam três e no nosso centro só transferimos um ou dois.

Face a esta situação, os embriões remanescentes são criopreservados em nitrogénio líquido a uma temperatura muito baixa (-196ºC) desde que a sua qualidade assim o permita. Há vários anos a técnica mais usada é a vitrificação com a qual se melhorou bastante a taxa de sobrevivência embrionária para a congelação.

Atualmente, devido aos progressos tecnológicos, é possível a criopreservação em diferentes estados embrionários evolutivos, desde zigotos (18 horas depois da fecundação) até blastócisto (120 horas depois da fecundação).

Depois de realizado o processo, os embriões são armazenados num Banco de embriões, onde irão permanecer até serem utilizados.
A vantagem que esta técnica oferece é o facto de permitir a realização de transferências embrionárias sem voltar a passar por um processo de fecundação “in vitro” completo.

Depois de um ciclo de fecundação “in vitro”, o número de embriões obtidos pode ser superior aos embriões transferidos.
Perante esta situação, os embriões remanescentes são criopreservados em nitrogénio líquido temperaturas muito baixas (-196ºC), desde que a sua qualidade assim o permita.

Criotransferência embrionária

Consiste na descongelação de embriões previamente vitrificados e na sua transferência para o útero.

Requer uma preparação adequada do endométrioque pode ser feita num ciclo natural ou com um tratamento hormonal.
Depois de se confirmar que o endométrio está na fase certa, procede-se ao descongelamento e à transferência embrionária.

Os embriões viáveis são transferidos com um catéter, via transvaginal, e depositados no útero, com controlo ecográfico.

Consiste na descongelação de embriões previamente vitrificados e na sua transferência para o útero.

Diagnóstico Genético Preimplantacional (DGP)

Esta é uma técnica complexa complementar à fecundação “in vitro”, na qual é estudada a constitução genética dos embriões gerados, antes da sua transferência para o útero ou da sua congelação. O propósito deste estudo é a deteção de anomalias genéticas ou cromossomáticas concretas.

É uma técnica indicada em casais com risco de transmitir uma doença hereditária para a sua descendência, seja por serem portadores ou por sofrerem de alguma doença de caráter hereditário. Também é utilizada em mulheres com tendência para o aborto constante e em mulheres de idade avançada, uma vez que estes casos estão correlacionados com uma proporção elevada de embriões com anomalias na sua carga genética.

O processo em si consiste na realização de uma biópsia embrionária, isto é, a extração de uma ou várias células do embrião, segundo o estado de desenvolvimento em que se encontre. Os núcleos das células alvo de biópsia são estudados através de técnicas de genética molecular. Os resultados irão determinar quais os embriões que são saudáveis para a patologia estudada e, portanto, aptos para serem transferidos para o útero.

Esta é uma técnica complexa complementar à fecundação “in vitro”, na qual é estudada a constituição genética dos embriões gerados.

Os estudos genéticos realizados por DGP são catalogados em dois grupos:

Estudos a nível cromossomático; tanto a determinação do seu número, como de reordenamentos (translocações, deleções, inversões…)
Estudo ao nível genético de doenças associadas a mutações genéticas.

A taxa de gravidez com esta técnica chega aos 60% por transferência embrionária, apesar de existir uma percentagem de pacientes que não chegam à transferência por ter todos os embriões alvo de biópsia geneticamente alterados.

Doação de ovócitos

Na nossa clínica temos um programa de doação de óvulos para as mulheres que não podem utilizar os próprios, por diferentes motivos, tais como falha ovárica precoce, má resposta à estimulação ovárica, menopausa precoce, aborto repetido de origem genética ou imunitária, ser portadora de doença genética, etc.

Neste programa selecionamos mulheres dadoras de óvulos com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos, às quais é realizado um estudo médico exaustivo e completo, para garantir, na medida do possível, a sua boa saúde e também os melhores resultados da técnica.

Os requisitos para ser uma dadora ideal som:

  • Ter entre 18 e 35 anos.
  • Não ter antecedentes de doenças hereditárias.
  • Não ser portadora de doenças de transmissão sexual.

Realizaremos um estudo médico completo que inclui:

  • Estudo ginecológico para confirmar o bom funcionamento do aparelho reprodutor.
  • Análise sanguínea completa para estudo de infeções, hemograma, bioquímica, hormonas, grupo sanguíneo e fator Rh.
  • Cariótipo e estudo de portador de doenças recessivas.
  • Exame psicológico.

O processo consiste numa estimulação controlada da ovulação com um tratamento hormonal que dura aproximadamente duas semanas.

O processo consiste numa estimulação controlada da ovulação com um tratamento hormonal que dura aproximadamente duas semanas.
No dia assinalado, é realizada a colheita de óvulos por via vaginal e com anestesia.

Os ovócitos obtidos são inseminados com o sémen do homem do casal recetor e os embriões resultantes são transferidos depois para a mulher recetora. A taxa de gravidez supera os 70% por ciclo de OVODOAÇÃO e a taxa de gravidez acumulada com esta técnica chega aos 90%. É por isso que é recomendável particularmente a transferência dos embriões de um em um já que no caso de ser efetuada a transferência de dois embriões a taxa de gestação de gémeos chega aos 50%.

A doação é sempre anónima e altruista, e os dados de identidade da dadora são guardados no mais rigoroso sigilo e com palavra-passe. Além disso, em caso algum a doação leva à determinação legal de filiação.

A taxa de gravidez supera os 70% por ciclo de ovo-doação e a taxa de gravidez acumulada com esta técnica chega aos 90%.

DOAÇÃO DE EMBRIÕES

Consiste na doação por parte de casais ou mulheres que não queiram ter mais filhos dos embriões remanescentes dos seus ciclos, para que possam ser usados por outras mulheres ou casais para fins reprodutivos.

Os progenitores destes embriões devem satisfazer os requisitos de dadores no que se refere ao seu estado de saúde física e psicológica, e esta doação é anónima e altruista.

A mulher recetora dos respetivos embriões é submetida simplesmente a um protocolo de transferência embrionária.

Consiste na doação por parte de casais ou mulheres que não queiram ter mais filhos dos embriões remanescentes dos seus ciclos, para que possam ser usados por outras mulheres ou casais para fins reprodutivos.

Técnica ropa

Este método de reprodução é indicado em casais de mulheres que querem optar por uma maternidade partilhada. Com esta técnica, uma delas fornece os óvulos e a outra recebe os embriões e intervém como gestante, de modo que ambas participam no procedimento reprodutivo. Esta questão é contemplada na lei de reprodução, desde que ambas as mulheres sejam casadas.

Indicado em casais de mulheres que querem optar por uma maternidade partilhada. Com esta técnica, uma delas fornece os óvulos e a outra recebe os embriões e intervém como gestante, de modo que ambas participam no procedimento reprodutivo